Por mais meios com cara de começos
terça-feira, fevereiro 10, 2015
Sempre fui apaixonada por inícios. Por primeiros olhares, primeiras conversas e borboletas no estômago. Não me refiro somente à paixões, quedas e afins, mas a tudo que diz respeito à vida. Sempre tive medo do depois. Medo do acostumar.
Um dos males do ser humano é não ver graça naquilo que já faz parte de nós. Ansiamos por algo que queremos, e quando esse algo se faz presente, ele vira o ontem. Torna-se passado. Rotina. Na verdade, acho que quando digo que sou apaixonada por começos, estou me referindo ao meio. Ao momento em que se encontra a melhor parte do roteiro, cheio de acontecimentos. O ápice. Tenho medo é do final, quando já acabaram as páginas e estamos partindo para uma nova história.
Admito que muitas vezes, vivo de lembranças. Só vejo o quanto algo era bom quando passa, e infelizmente a verdade a encarar é esta, óbvia e fria: passou. Porque tudo que é bom, passa. Mas tudo que é bom é o agora, o hoje. Talvez só não vejamos isso com clareza. Talvez só vejamos isso amanhã. E faço aqui o uso adaptado de uma frase que vi em "O Teorema Katherine": é possível amar muito uma coisa, um momento ou uma pessoa. Mas esse amor nunca vai ser páreo para o tamanho da saudade que você vai sentir de tudo isso.
Admito que muitas vezes, vivo de lembranças. Só vejo o quanto algo era bom quando passa, e infelizmente a verdade a encarar é esta, óbvia e fria: passou. Porque tudo que é bom, passa. Mas tudo que é bom é o agora, o hoje. Talvez só não vejamos isso com clareza. Talvez só vejamos isso amanhã. E faço aqui o uso adaptado de uma frase que vi em "O Teorema Katherine": é possível amar muito uma coisa, um momento ou uma pessoa. Mas esse amor nunca vai ser páreo para o tamanho da saudade que você vai sentir de tudo isso.
Eu quero que o nosso 31º beijo me deixe pisando em algodão tanto quanto na primeira vez em que senti teus lábios, naquele fim de festa. Quero que tenhamos tanto assunto quanto tínhamos 4 meses atrás, e quero que ver o seu nome ainda me provoque calafrios, como se ele fosse um segredo que só eu pudesse ter. Quero que os meus sonhos que já duram 7 anos prolonguem-se por toda a minha extensão, e que eu jamais os perca em mim. Quero que o Natal e a Páscoa tenham tanta graça agora quanto tinham quando eu era apenas uma menininha que pensava saber demais. Quero que ele me olhe com os mesmos olhos que já olhou um dia, e que continue tentando me conquistar mesmo já tendo feito isso. Quero poder ver que o hoje é bom. Quero mais meios (ou finais) com cara de começos.
Tenho essa mania de sentir uma espécie de inveja de mim mesma e dos momentos que já vivi, como se os inícios fossem infinitamente melhores do que a continuação da história. Sei que talvez isso soe estranho, mas já experimentei várias vezes essa sensação. Já tive várias tentativas frustradas de colocar um pouquinho do passado no meu presente, e de levar pro meu futuro. Como se reviver as lembranças da minha mente fosse trazê-las de volta. Sentir de novo os mesmos perfumes, ouvir uma certa música com a mesma empolgação e receber novamente aquele abraço. E como já disse Frederico Elboni: eu não sei sentir saudade.
Tudo o que é novo assusta, mas é bom. O novo nos mostra que nosso mundo está muito além do que o que um dia vimos, e isso é um motivo para sorrir. Talvez a rotina venha para nos mostrar que é hora de mudar. Seja de vida, de casa ou de visão de mundo. Apesar de tudo, a mudança é um dos maiores paralelos que vivemos: é o fim de algo para um novo começo. Como já deu pra perceber, eu tenho medo dos finais. Mas eles - às vezes - são um mal necessário. Os dois vivem impreterivelmente juntos; um leva ao outro.
Que o final seja sempre um começo, e que ele nos dê uma nova oportunidade pra fazer tudo de novo. Ou, tudo novo.
Tudo o que é novo assusta, mas é bom. O novo nos mostra que nosso mundo está muito além do que o que um dia vimos, e isso é um motivo para sorrir. Talvez a rotina venha para nos mostrar que é hora de mudar. Seja de vida, de casa ou de visão de mundo. Apesar de tudo, a mudança é um dos maiores paralelos que vivemos: é o fim de algo para um novo começo. Como já deu pra perceber, eu tenho medo dos finais. Mas eles - às vezes - são um mal necessário. Os dois vivem impreterivelmente juntos; um leva ao outro.
Que o final seja sempre um começo, e que ele nos dê uma nova oportunidade pra fazer tudo de novo. Ou, tudo novo.
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